24 de dez. de 2008
22 de dez. de 2008
Brincar de Pollock
Essa tela prova definitivamente que eu levo mais jeito com as palavras, mas achei bem gostoso brincar de fazer arte: pra fazer o traçado, é só mover o mouse. Se quiser colorir, basta clicar, e a cor muda a cada clique. Dica da amiga querida e escritora-ilustradora May Shuravel.
(ST)
19 de dez. de 2008
Um outro Natal
"O Natal dos Insetos", do russo Wladyslaw Starewics, é de 1913, um achado da querida Biti Averbach.
(ST)
18 de dez. de 2008
Previsão do tempo
Não saia de casa sem um guarda-chuva.
...
O trabalho do ilustrador português André Letria está no (ótimo) Letra Pequena.
(ST)
17 de dez. de 2008
Bola de cristal
Do blog do Pablo Vilela:
Daqui a cinco anos você estará bem próximo de ser a mesma pessoa que é hoje, exceto por duas coisas: os livros que ler e as pessoas de quem se aproximar.
(ST)
Daqui a cinco anos você estará bem próximo de ser a mesma pessoa que é hoje, exceto por duas coisas: os livros que ler e as pessoas de quem se aproximar.
(ST)
16 de dez. de 2008
15 de dez. de 2008
Fim de ciclo (2)
Este ano: muitos centímetros, outra voz
E você, espelho do tempo veloz
Sempre: o gesto, o olhar, aquela expressão
E você, espelho do tempo do coração
...
A 8ª série acabou. Olho pro meu filho e me emociono: tudo está começando.
(Silvana Tavano)
E você, espelho do tempo veloz
Sempre: o gesto, o olhar, aquela expressão
E você, espelho do tempo do coração
...
A 8ª série acabou. Olho pro meu filho e me emociono: tudo está começando.
(Silvana Tavano)
12 de dez. de 2008
A cidade dos livros
Foi através do blog da Mariana Newlands que cheguei nessa animação feita de encomenda pra festejar os 25 anos da editora Fourth Estate, em 2009. A ideia (sem acento!) de criar um mundo de papel é linda e a realização ficou muito bacana -- me fez lembrar da frase de Monteiro Lobato: "Ainda acabo fazendo livros onde nossas crianças possam morar".
(ST)
9 de dez. de 2008
Uma idéia
Depois do personal trainer e já que tem personal pra tudo -- personal diet, shopper, coach, stylist (outro dia alguém falou até em "personal friend", o que me pareceu meio redundante e, sei lá, o fim da picada...). Mas, enfim, alguém podia lançar uma nova modalidade da profissão, o "personal blogger", bem útil pra dias como hoje, quando a gente não tem nada interessante nem inspirado pra postar. O cartão podia ser assim:
Fulano de tal
personal blogger
postagens antenadas e editadas
Taí, até que é uma idéia.
(Silvana Tavano)
Fulano de tal
personal blogger
postagens antenadas e editadas
Taí, até que é uma idéia.
(Silvana Tavano)
8 de dez. de 2008
Anjo pescador
Depois de comprar esse cartão, dei um google e encontrei muitos outros lindos trabalhos da ilustradora mineira Anna Cunha -- não é uma delicadeza essa chuva de estrelas?
(Silvana Tavano)
5 de dez. de 2008
7 outras coisas que a gente também pode
1. mudar de idéia (sobre qualquer assunto)
2. fazer tatuagem (o que, no meu caso, implica em mudar de idéia)
3. comer chocolate todo dia
4. ficar rabugenta de vez em quando, reclamar e tal
5. chorar no cinema, cantar dentro do carro (bem alto, se quiser), mostrar a língua pra alguém chato
6. acreditar em horóscopo, em fantasma e até em Papai Noel (é meio bobo mas, e daí?)
7. comprar 25 exemplares do melhor livro que leu nos últimos tempos pra dar de presente pros amigos
(Silvana Tavano)
2. fazer tatuagem (o que, no meu caso, implica em mudar de idéia)
3. comer chocolate todo dia
4. ficar rabugenta de vez em quando, reclamar e tal
5. chorar no cinema, cantar dentro do carro (bem alto, se quiser), mostrar a língua pra alguém chato
6. acreditar em horóscopo, em fantasma e até em Papai Noel (é meio bobo mas, e daí?)
7. comprar 25 exemplares do melhor livro que leu nos últimos tempos pra dar de presente pros amigos
(Silvana Tavano)
4 de dez. de 2008
7 coisas que a gente pode matar
1. charadas
2. baratas
3. a curiosidade
3. o tempo
4. uma ou outra aula
5. a saudade
6. a sede
7. a fome
(Silvana Tavano)
2. baratas
3. a curiosidade
3. o tempo
4. uma ou outra aula
5. a saudade
6. a sede
7. a fome
(Silvana Tavano)
3 de dez. de 2008
1 de dez. de 2008
Calendoscópio
Chega dezembro, todo mundo pensa:
O ano está acabando
Será que o tempo passou voando?
Daí vem janeiro e a promessa
De sol e preguiça e férias
E tudo isso é bom à beça!
Mas, de repente, já é fevereiro
Pula o Carnaval e logo começa
Um outro ano inteiro
(Silvana Tavano)
O ano está acabando
Será que o tempo passou voando?
Daí vem janeiro e a promessa
De sol e preguiça e férias
E tudo isso é bom à beça!
Mas, de repente, já é fevereiro
Pula o Carnaval e logo começa
Um outro ano inteiro
(Silvana Tavano)
30 de nov. de 2008
De blog em blog
Não é a primeira vez que o "Diários da Bicicleta" é convidado a participar de um "meme" -- uma espécie de corrente virtual que espalha determinado assunto de blog em blog. Acho a idéia supersimpática (não tem mais hífen, suponho...) mas, confesso, furei todos os memes pros quais fui convocada. Então, antes que essa má fama se espalhe por aí, agradeço a indicação da Elena Soboleff e vou tentar fazer a minha parte nessa história.
A primeira tarefa é listar 8 desejos.
Lá vão: eu quero...
1. ... encontrar gênios simpáticos (em lâmpadas de todos os volts)
2. ... contar mil e uma histórias
3. ... escrever mil e duas histórias
4. ... transformar sapos em príncipes...
5. ... e príncipes em melancias (quando for o caso)
6. ... tricotar com princesas interessantes
7. ... voar com as fadas e...
8. ... me divertir muito com a bruxa Creuza
O segundo passo é convidar 8 blogs pra continuar a corrente:
Maria Amália Camargo
Cristiane Rogerio
Marina Morena
Michele Prado
Rosane Queiroz
Cristiane Senna
Malu
Shirley Paradizo
Caras, eis as regras: a gente tem que comentar no blog de quem nos convidou e nos blogs de nossos(as) convidados(as) pra que saibam da "convocação". Finalmente, temos que mencionar todas essas regras. Ah, também tem que publicar o selinho do meme.
Elena, ai, quanta tarefa! Fiz tudo certo?
(Silvana Tavano)
A primeira tarefa é listar 8 desejos.
Lá vão: eu quero...
1. ... encontrar gênios simpáticos (em lâmpadas de todos os volts)
2. ... contar mil e uma histórias
3. ... escrever mil e duas histórias
4. ... transformar sapos em príncipes...
5. ... e príncipes em melancias (quando for o caso)
6. ... tricotar com princesas interessantes
7. ... voar com as fadas e...
8. ... me divertir muito com a bruxa Creuza
O segundo passo é convidar 8 blogs pra continuar a corrente:
Maria Amália Camargo
Cristiane Rogerio
Marina Morena
Michele Prado
Rosane Queiroz
Cristiane Senna
Malu
Shirley Paradizo
Caras, eis as regras: a gente tem que comentar no blog de quem nos convidou e nos blogs de nossos(as) convidados(as) pra que saibam da "convocação". Finalmente, temos que mencionar todas essas regras. Ah, também tem que publicar o selinho do meme.
Elena, ai, quanta tarefa! Fiz tudo certo?
(Silvana Tavano)
28 de nov. de 2008
Será?
Abriu o e-mail e fechou os olhos.
Observação importante: meu blog tem um defeito de, sei lá, fabricação: apesar de ser um típico modelo "blogspot", nunca consegui postar como todo mundo, com aquele cabeçalho padrão que publica automaticamente assinatura, horário, links e marcadores... Apesar disso, todos os posts estão divididos por assunto e pra encontrar um miniconto antigo ou qualquer coisa que eu já tenha escrito basta clicar na lista de "marcadores" (à direita, lá embaixo).
Todo esse blablablá, só pra dizer que hoje estou inaugurando um novo marcador: o dos miniminicontos. O de hoje tem 38 toques, contando título e espaços.
(Silvana Tavano)
Observação importante: meu blog tem um defeito de, sei lá, fabricação: apesar de ser um típico modelo "blogspot", nunca consegui postar como todo mundo, com aquele cabeçalho padrão que publica automaticamente assinatura, horário, links e marcadores... Apesar disso, todos os posts estão divididos por assunto e pra encontrar um miniconto antigo ou qualquer coisa que eu já tenha escrito basta clicar na lista de "marcadores" (à direita, lá embaixo).
Todo esse blablablá, só pra dizer que hoje estou inaugurando um novo marcador: o dos miniminicontos. O de hoje tem 38 toques, contando título e espaços.
(Silvana Tavano)
27 de nov. de 2008
Lobato e sua "Emilia" sem acento
....
"– Perdão, Sr. Lobato, disse Mendes interrompendo-o. Nós queremos uma entrevista séria, biográfica, com a enumeração das suas obras...
– E queremos também a sua opinião sobre a ortografia, observou Gorenstein. Nós já somos meninos quase ginasiais, científicos. Que nos diz da ortografia? Qual prefere?
– Prefiro a minha, respondeu Lobato.
– É alguma especial?
– É e não é. Não é porque é a da Academia de Letras; e é especial porque suprimi os acentos. Acho a maior burrice do mundo estar acentuando palavras que até aqui viveram perfeitamente sem essas bolostroquinhas irritantes dos acentos. A palavra Emilia, por exemplo. Os acentistas escrevem Emília. Mas o acento só é admissível para evitar confusão como em “e” e “é”. Ora, Emilia sem acento não dá lugar a confusão nenhuma; logo, acentuar essa palavra, que até aqui viveu muito bem sem acento, é besteira. Goreinstein corou ao ouvir essa palavra tão “imprópria” numa conversa de cerimônia. Monteiro Lobato fingiu que não viu e continuou:
– Só uso o acento quando necessário, como só uso o lenço quando preciso dele. Vocês sabem porque a França se atrasou dos países anglo-saxônios?
Por causa dos acentos excessivos da língua francesa. Enquanto o francês perdia tempo botando as inumeráveis bolostroquinhas com que enfeitam as palavras, os ingleses tomaram conta da melhor parte do mundo. Já reparou que na língua inglesa não existe um só acento?
– É verdade! disse Mendes arregalando o olho.
– E no entanto é mais rica de todas as Línguas modernas, a de maior número de palavras (mais de meio milhão) e a que mais se presta as mais complicadas manifestações do pensamento."...
Já foi anunciado: a partir de 1º de janeiro de 2009, os acentos de palavras como "idéia", "jóia" e "enjôo" vão sumir dos textos publicados nos jornais do grupo Estado e nas revistas da editora onde trabalho -- lá, a partir da próxima semana, vamos ter palestra-aula pra desaprender o aprendido. Não sei o que Monteiro Lobato diria sobre o fim dos tremas e dos novos tira-e-põe hífen, mas gostei da lógica que ele usa pra acabar com os acentos nessa delícia de entrevista, uma colaboração da amiga e jornalista Patrícia Cerqueira (que, até ontem, continuava digitando esse "agudinho" bem no meio do próprio nome... Será mesmo que precisa?)
Silvana Tavano
"– Perdão, Sr. Lobato, disse Mendes interrompendo-o. Nós queremos uma entrevista séria, biográfica, com a enumeração das suas obras...
– E queremos também a sua opinião sobre a ortografia, observou Gorenstein. Nós já somos meninos quase ginasiais, científicos. Que nos diz da ortografia? Qual prefere?
– Prefiro a minha, respondeu Lobato.
– É alguma especial?
– É e não é. Não é porque é a da Academia de Letras; e é especial porque suprimi os acentos. Acho a maior burrice do mundo estar acentuando palavras que até aqui viveram perfeitamente sem essas bolostroquinhas irritantes dos acentos. A palavra Emilia, por exemplo. Os acentistas escrevem Emília. Mas o acento só é admissível para evitar confusão como em “e” e “é”. Ora, Emilia sem acento não dá lugar a confusão nenhuma; logo, acentuar essa palavra, que até aqui viveu muito bem sem acento, é besteira. Goreinstein corou ao ouvir essa palavra tão “imprópria” numa conversa de cerimônia. Monteiro Lobato fingiu que não viu e continuou:
– Só uso o acento quando necessário, como só uso o lenço quando preciso dele. Vocês sabem porque a França se atrasou dos países anglo-saxônios?
Por causa dos acentos excessivos da língua francesa. Enquanto o francês perdia tempo botando as inumeráveis bolostroquinhas com que enfeitam as palavras, os ingleses tomaram conta da melhor parte do mundo. Já reparou que na língua inglesa não existe um só acento?
– É verdade! disse Mendes arregalando o olho.
– E no entanto é mais rica de todas as Línguas modernas, a de maior número de palavras (mais de meio milhão) e a que mais se presta as mais complicadas manifestações do pensamento."...
Já foi anunciado: a partir de 1º de janeiro de 2009, os acentos de palavras como "idéia", "jóia" e "enjôo" vão sumir dos textos publicados nos jornais do grupo Estado e nas revistas da editora onde trabalho -- lá, a partir da próxima semana, vamos ter palestra-aula pra desaprender o aprendido. Não sei o que Monteiro Lobato diria sobre o fim dos tremas e dos novos tira-e-põe hífen, mas gostei da lógica que ele usa pra acabar com os acentos nessa delícia de entrevista, uma colaboração da amiga e jornalista Patrícia Cerqueira (que, até ontem, continuava digitando esse "agudinho" bem no meio do próprio nome... Será mesmo que precisa?)
Silvana Tavano
26 de nov. de 2008
Aventuras e... desventuras
O Publishnews de ontem pinçou dois dos 50 fatos curiosos da vida de Barack Obama, listados pelo jornal britânico Daily Telegraph: 1) o futuro Presidente dos Estados Unidos já leu todas as aventuras de Harry Potter e 2) seu livro favorito é Moby Dick, de Herman Melville.
A nota me fez lembrar daquela declaração infeliz do nosso Presidente, em 2004, na inauguração da Bienal do Livro de São Paulo. Depois de dizer que, para as crianças, ler devia ser tão desanimador quanto as caminhadas que os adultos sedentários têm que fazer, ele ainda fez questão de justificar: "Dá uma preguiça 'desgramada'".
(Silvana Tavano)
A nota me fez lembrar daquela declaração infeliz do nosso Presidente, em 2004, na inauguração da Bienal do Livro de São Paulo. Depois de dizer que, para as crianças, ler devia ser tão desanimador quanto as caminhadas que os adultos sedentários têm que fazer, ele ainda fez questão de justificar: "Dá uma preguiça 'desgramada'".
(Silvana Tavano)
25 de nov. de 2008
Dos números
Arrumo a mala em dois tempos, não sou cheia de nove horas! Mas sempre é oito ou oitenta: levo roupa de menos ou carrego o diabo a quatro, mesmo quando é uma viagem rapidinha, daquelas que a gente vai e volta em três palitos.
(ST)
(ST)
24 de nov. de 2008
Tantas palavras (5)
...
A palavra é disfarce de uma coisa mais grave, surda-muda,
foi inventada para ser calada.
Em momentos de graça, infrequentíssimos,
se poderá apanhá-la: um peixe vivo com a mão.
Puro susto e terror.
Trecho de "Antes do Nome", um dos poemas que a escritora Adélia Prado (na foto de Leda Maria Lucas)leu durante a Balada Literária, no sábado.
Tantas palavras (4)
"Escrever é muito difícil"
...
Alguém não concorda com Antonio Lobo Antunes?
Eu me encantei com as tantas e lindas palavras do escritor nesse vídeo que a editora (e amiga megaquerida) Liliane Oraggio mandou pra cá.
23 de nov. de 2008
Ai, que chique!
O clique
"Quando a gente faz um bom poema é como se fechasse uma caixinha --faz clique."
(A escritora Luci Collin citando João Cabral de Melo Neto, ontem, na Balada Literária)
(A escritora Luci Collin citando João Cabral de Melo Neto, ontem, na Balada Literária)
20 de nov. de 2008
Salve, Tatiana!
"Sou um pouco insegura, como qualquer pessoa que não é burra..."
"Criança não aprende. Absorve"
"Não brinquem com criança, não! Eles pensam, ponderam..."
"Não tenho preguiça, só desvontades. Às vezes a gente não tem vontade de fazer aquela coisa naquela hora, não é assim?"
"Texto não se escreve -- se reescreve"
"É chato ser fada 24 horas. Bruxa é bem melhor"
"A figura feminina mais importante da literatura brasileira não é Capitu -- é Emília"
(Tatiana Belinky, hoje de manhã, na abertura da Balada Literária)
"Criança não aprende. Absorve"
"Não brinquem com criança, não! Eles pensam, ponderam..."
"Não tenho preguiça, só desvontades. Às vezes a gente não tem vontade de fazer aquela coisa naquela hora, não é assim?"
"Texto não se escreve -- se reescreve"
"É chato ser fada 24 horas. Bruxa é bem melhor"
"A figura feminina mais importante da literatura brasileira não é Capitu -- é Emília"
(Tatiana Belinky, hoje de manhã, na abertura da Balada Literária)
19 de nov. de 2008
Elas resolvem qualquer problema
17 de nov. de 2008
Tantas palavras (2)
... E então o hipopótamo e daí o crocodilo e de novo o hipopótamo e de repente o leão e (claro) o hipopótamo e quanta coisa acontece até aparecer o terrível mamute. Quem descobriu essa delícia de autora foi a Luciene Vieira.
(ST)
14 de nov. de 2008
Tantas palavras
Assisti esse curta no blog do escritor Joca Reiners Terron e adorei porque me gustan las palabras...
(ST)
13 de nov. de 2008
Arco-íris
Pergunto se você quer um caramelo
Ganho um sorriso amarelo
Pra não passar em branco
Invento um tombo e manco
Com o olhar verde-desconfiado
Você pede pra ver o machucado
Fico vermelho, disfarço, engabelo
Falo do reflexo dourado no seu cabelo
Fazer o quê?
Eu vejo cores em você!
(Silvana Tavano)
Ganho um sorriso amarelo
Pra não passar em branco
Invento um tombo e manco
Com o olhar verde-desconfiado
Você pede pra ver o machucado
Fico vermelho, disfarço, engabelo
Falo do reflexo dourado no seu cabelo
Fazer o quê?
Eu vejo cores em você!
(Silvana Tavano)
12 de nov. de 2008
Ainda sobre os assobios...
Não afirmo porque não tenho certeza, mas desconfio que somos muitos -- nós, os "desassobiados", pra usar essa palavra tão apropriada que minha irmã inventou.
Fiquei pensando: será que a coisa se repete em outras famílias, tipo "de mãe pra filhos"? (May, Lucienne: digam vocês!). Porque nossa mãe não conseguia, mas lembro bem do meu pai, as bochechas brancas de espuma de barba inflando e desinflando no ritmo do assobio do dia... Quer dizer, eu, minha irmã e nossos filhos desassobiados reforçam a impressão de que isso deve mesmo ser uma herança materna, porque os pais dos meninos assobiam, e muito bem. Não estou me referindo só aos sonzinhos básicos que as pessoas fazem o tempo todo, sem nenhuma dificuldade ou cerimônia, no elevador, na fila do cinema, acompanhando a música do rádio... Sabe aqueles assobios ensurdecedores, que o taxista escuta mesmo quando todo mundo está buzinando? Do tipo abafa-aplauso em show de rock? Então, são assim os assobios do meu marido. E ele nem faz pra se exibir, é natural mesmo.
(Silvana Tavano)
Fiquei pensando: será que a coisa se repete em outras famílias, tipo "de mãe pra filhos"? (May, Lucienne: digam vocês!). Porque nossa mãe não conseguia, mas lembro bem do meu pai, as bochechas brancas de espuma de barba inflando e desinflando no ritmo do assobio do dia... Quer dizer, eu, minha irmã e nossos filhos desassobiados reforçam a impressão de que isso deve mesmo ser uma herança materna, porque os pais dos meninos assobiam, e muito bem. Não estou me referindo só aos sonzinhos básicos que as pessoas fazem o tempo todo, sem nenhuma dificuldade ou cerimônia, no elevador, na fila do cinema, acompanhando a música do rádio... Sabe aqueles assobios ensurdecedores, que o taxista escuta mesmo quando todo mundo está buzinando? Do tipo abafa-aplauso em show de rock? Então, são assim os assobios do meu marido. E ele nem faz pra se exibir, é natural mesmo.
(Silvana Tavano)
11 de nov. de 2008
No divã
Sempre me senti desajeitada nas aulas de educação física. Eu era um desastre, o tipo de aluna que desanima qualquer professor. Mas não tinha inveja das meninas que faziam aquelas estrelas e conseguiam saltar pra lá e pra cá com graça e leveza. Até porque eu também tinha os meus grandes momentos nas aulas de português, e mais ainda nos dias de prova, quando eu fazia muitas redações, a minha e de mais um monte de gente.
Outras coisas que não me chatearam: nunca ter conseguido mergulhar de cabeça (afinal, qual o problema de cair na água de pé?)nem ter ido muito longe nas aulas de piano.
Mas tenho, sim, uma frustração que carrego calada desde pequena. Aliás, literalmente calada. Não sei assobiar. Nem um fiu-fiu. E olha que eu tentei. Diziam: faz um biquinho assim. Eu fazia e nada. Põe a língua no céu da boca. Eu me enrolava inteira, engasgava, mas som que é bom, zero. Vibra a bochecha, puxa o ar pra dentro, fecha os olhos, coloca os dedos assim assado. Silêncio. Bom, às vezes até saía um "arzinho musical", uma espécie de sopro desafinado, mas nada que lembrasse um assobio, nem de longe.
O pior nem é não conseguir -- duro mesmo é fazer com que as pessoas acreditem que você não consegue. Como se assobiar fosse algo tão banal quanto piscar os olhos, pular amarelinha, essas coisas. Não, não é. Diferente de ter dotes pra ginástica olímpica ou talento musical, não conseguir assobiar é um problema. Sei lá, um tipo de defeito de fabricação. Soube disso no dia em que descobri que minha mãe não assobiava. Anos depois, outra revelação: minha irmã também não conseguia. Nunca falamos muito sobre isso lá em casa, simplesmente sabiamos. E tinha o Jeremias, que viveu mais de dez anos com a gente, preenchendo esse vazio com seus trinados caprichados.
...
Meu filho também não assobia, mas nunca se queixou dessa herança. Com ele aprendi que a gente canta e pronto. Nem sempre sai afinado, mas e daí? Já ouvi tanta gente assobiando fora do tom... Em compensação, quando a pessoa tem jeito pra coisa, nossa, é sensacional! Enquanto escrevo esse post, ouço o assobio estereofônico da Cícera vindo lá da sala: um som forte e cheio de bossa, uma beleza de assobio. Aí dá inveja, fazer o quê?
(Silvana Tavano)
Outras coisas que não me chatearam: nunca ter conseguido mergulhar de cabeça (afinal, qual o problema de cair na água de pé?)nem ter ido muito longe nas aulas de piano.
Mas tenho, sim, uma frustração que carrego calada desde pequena. Aliás, literalmente calada. Não sei assobiar. Nem um fiu-fiu. E olha que eu tentei. Diziam: faz um biquinho assim. Eu fazia e nada. Põe a língua no céu da boca. Eu me enrolava inteira, engasgava, mas som que é bom, zero. Vibra a bochecha, puxa o ar pra dentro, fecha os olhos, coloca os dedos assim assado. Silêncio. Bom, às vezes até saía um "arzinho musical", uma espécie de sopro desafinado, mas nada que lembrasse um assobio, nem de longe.
O pior nem é não conseguir -- duro mesmo é fazer com que as pessoas acreditem que você não consegue. Como se assobiar fosse algo tão banal quanto piscar os olhos, pular amarelinha, essas coisas. Não, não é. Diferente de ter dotes pra ginástica olímpica ou talento musical, não conseguir assobiar é um problema. Sei lá, um tipo de defeito de fabricação. Soube disso no dia em que descobri que minha mãe não assobiava. Anos depois, outra revelação: minha irmã também não conseguia. Nunca falamos muito sobre isso lá em casa, simplesmente sabiamos. E tinha o Jeremias, que viveu mais de dez anos com a gente, preenchendo esse vazio com seus trinados caprichados.
...
Meu filho também não assobia, mas nunca se queixou dessa herança. Com ele aprendi que a gente canta e pronto. Nem sempre sai afinado, mas e daí? Já ouvi tanta gente assobiando fora do tom... Em compensação, quando a pessoa tem jeito pra coisa, nossa, é sensacional! Enquanto escrevo esse post, ouço o assobio estereofônico da Cícera vindo lá da sala: um som forte e cheio de bossa, uma beleza de assobio. Aí dá inveja, fazer o quê?
(Silvana Tavano)
10 de nov. de 2008
Sonho
Alguns esforços valem a pena -- inspiração pra começar a semana com o curta de Dony Permedi, da Escola de Artes Visuais de Nova York.
(ST)
9 de nov. de 2008
Cupido
Do escritor José Castello no Prosa & Verso (O Globo) de ontem:
"Na aventura de ler, mais do que a eficiência e o método, vale o estupor... Um leitor é, antes de tudo, alguém atravessado -- fulminado -- pela palavra do outro".
E não é exatamente assim que a gente se apaixona pela leitura?
(Silvana Tavano)
"Na aventura de ler, mais do que a eficiência e o método, vale o estupor... Um leitor é, antes de tudo, alguém atravessado -- fulminado -- pela palavra do outro".
E não é exatamente assim que a gente se apaixona pela leitura?
(Silvana Tavano)
8 de nov. de 2008
7 de nov. de 2008
Ele vai salvar o mundo?
Essa é a promessa do Captain Obama, com superpoderes do tipo "idealismo sem precedentes, dedicado à esperança, à liberdade e à mudança" (à venda no Imagine Gate). Mais aventuras do Obama-super-herói no blog de brinquedo.
(ST)
(ST)
6 de nov. de 2008
Um bom jeito de contar
Palavrear
Depois de uma aula animada sobre o dono da palavra -- o poeta Haroldo de Campos-- , novidade do projeto LivroClip, pule pro LeTroca , um jogo online em que a gente tem que usar as letras disponíveis pra formar palavras. Descobri esse recreio no Cadê o Revisor? na semana passada. Já virou minha brincadeira favorita.
(Silvana Tavano)
(Silvana Tavano)
5 de nov. de 2008
Coisas (quase) impossíveis antes do café da manhã
...
1) fazer ginástica
2) ter idéias (qualquer uma, nem precisa ser boa)
3) contar piada ou assobiar
O que mais?
(Achei que ia ser moleza listar "7 coisas", mas não consegui. Pra mim, isso é puro exercício de ficção -- acordo cedinho, quase sempre muito bem humorada e faço trocentas coisas, inclusive um café da manhã caprichado).
(Silvana Tavano)
1) fazer ginástica
2) ter idéias (qualquer uma, nem precisa ser boa)
3) contar piada ou assobiar
O que mais?
(Achei que ia ser moleza listar "7 coisas", mas não consegui. Pra mim, isso é puro exercício de ficção -- acordo cedinho, quase sempre muito bem humorada e faço trocentas coisas, inclusive um café da manhã caprichado).
(Silvana Tavano)
4 de nov. de 2008
Crescer
E agora -- abro ou não abro?
Melhor esperar. Minha mãe vai ficar chateada. Ela repetiu umas cem vezes: “VAMOS VER JUNTOS!”.
Nem é por isso... É que... Nem sei direito o que quero encontrar aí dentro.
Às vezes fico pensando que vai ser legal mudar. Uma escola maior, gente nova, outros professores... Mas, de repente, sei lá, tudo se inverte na minha cabeça, e começo a achar que essa escola é grande demais, tem muita gente e os professores nem devem conseguir saber quem é quem! Pior é quando penso que não vou encontrar meus amigos todos os dias. Se é que eles vão continuar sendo meus amigos!
Cinco e quinze. E ela só chega lá pelas sete -- não vai dar, acho que não agüento esperar!
E se eu ligar? É! Por que não? Claro, também é um jeito de “ver” junto!
Caixa postal. Ah, mãe! Cadê você? Quer saber: vou abrir e ler de uma vez. Chega de suspense!
E o Pedrão, será que ele também recebeu a carta? A Lu deve ter passado, tenho certeza!
Mas, e eu?
Cena um: não fui aprovado. Daí é como meu pai disse: “O destino decidiu por você”. É isso. Continuo na minha escola e pronto. Mas... Sei lá, acho que vou ficar meio mal... Mais ainda se todo mundo tiver passado no teste!
Cena dois: meu nome está aí. Isso também vai ser difícil porque então vou ter que escolher! Daí posso me arrepender de ir, e me arrepender de ficar.
É como dizem: se ficar o bicho pega, se correr, o bicho come.
Acho que eles vão me apoiar de todo jeito. Mas, no fundo, no fundo, sei que eles estão torcendo pelo final feliz “filho-aprovado-no-teste-muda-para-a-escola-onde-nós-estudamos”.
Só não tenho certeza de que esse é o melhor final pra mim. Quer dizer, nem é “final”, é começo, e o próximo capítulo da história – da minha história!-- está dentro desse envelope...
E agora – abro ou não abro?
(Silvana Tavano)
Melhor esperar. Minha mãe vai ficar chateada. Ela repetiu umas cem vezes: “VAMOS VER JUNTOS!”.
Nem é por isso... É que... Nem sei direito o que quero encontrar aí dentro.
Às vezes fico pensando que vai ser legal mudar. Uma escola maior, gente nova, outros professores... Mas, de repente, sei lá, tudo se inverte na minha cabeça, e começo a achar que essa escola é grande demais, tem muita gente e os professores nem devem conseguir saber quem é quem! Pior é quando penso que não vou encontrar meus amigos todos os dias. Se é que eles vão continuar sendo meus amigos!
Cinco e quinze. E ela só chega lá pelas sete -- não vai dar, acho que não agüento esperar!
E se eu ligar? É! Por que não? Claro, também é um jeito de “ver” junto!
Caixa postal. Ah, mãe! Cadê você? Quer saber: vou abrir e ler de uma vez. Chega de suspense!
E o Pedrão, será que ele também recebeu a carta? A Lu deve ter passado, tenho certeza!
Mas, e eu?
Cena um: não fui aprovado. Daí é como meu pai disse: “O destino decidiu por você”. É isso. Continuo na minha escola e pronto. Mas... Sei lá, acho que vou ficar meio mal... Mais ainda se todo mundo tiver passado no teste!
Cena dois: meu nome está aí. Isso também vai ser difícil porque então vou ter que escolher! Daí posso me arrepender de ir, e me arrepender de ficar.
É como dizem: se ficar o bicho pega, se correr, o bicho come.
Acho que eles vão me apoiar de todo jeito. Mas, no fundo, no fundo, sei que eles estão torcendo pelo final feliz “filho-aprovado-no-teste-muda-para-a-escola-onde-nós-estudamos”.
Só não tenho certeza de que esse é o melhor final pra mim. Quer dizer, nem é “final”, é começo, e o próximo capítulo da história – da minha história!-- está dentro desse envelope...
E agora – abro ou não abro?
(Silvana Tavano)
3 de nov. de 2008
Depois do dia das bruxas, fadas!
Depois que a Paulinha comentou que a Gabi, sua irmã menor, adorava desenhar fadas fiz um convite-encomenda que finalmente chegou. E pra quem achar que a Gabi não teve tempo de colorir a segunda fada, ela manda um recado: "As grandes obras também podem ser em preto e branco".
Nem sei de qual das duas gostei mais!
(Silvana Tavano)
Nem sei de qual das duas gostei mais!
(Silvana Tavano)
2 de nov. de 2008
1 de nov. de 2008
Ficção?
A notícia é boa e bem diferente do que andei lendo e escrevendo sobre a crise e os livros. "Apesar da recessão à vista e da alta dos custos de papel e impressão, a mais recente profecia sobre o futuro do livro não fala em morte, e sim em ressurreição". No Caderno 2 de hoje, Sérgio Augusto conta que tem especialista garantindo que, agora, "os livros podem recuperar o terreno supostamente perdido para outras formas dispendiosas de entretenimento". Amém.
(ST)
(ST)
31 de out. de 2008
Elas estão soltas!
30 de out. de 2008
É massa!
A animação feita a partir de modelos de barro (claymation) reproduz a partida em que o supercomputador HAL9000 bate o astronauta Frank Poole em "2001 --Uma Odisséia no Espaço", de Stanley Kubric.
(ST)
29 de out. de 2008
Ai, que crise (2)!
A bruxa Creuza gostou da referência que fiz a ela no post de ontem, mas, sabe como é, ela já está pra lá de acostumada, vivo falando dela aqui.
Bem diferente é inspirar uma poeta de verdade! Não é pra menos que a Creuza ficou toda-toda com o comentário-poético da minha amiga querida Déborah de Paula Souza -- na segunda linha, ela revirou os olhos e disse: Ai, que luxo!
Querida Creuza
Sua crise nunca é do mal
Você domina a magia
Não brinca com capital
Sua boquinha nervosa
Chama logo algum Shazam
Inventa mundos felizes
Dá um basta no Tio Sam
Não senta em banco que quebra
Mas de vassoura requebra
E aciona instigantes poções
Nunca derrete dinheiro
Mas derrete corações!
(ST)
Bem diferente é inspirar uma poeta de verdade! Não é pra menos que a Creuza ficou toda-toda com o comentário-poético da minha amiga querida Déborah de Paula Souza -- na segunda linha, ela revirou os olhos e disse: Ai, que luxo!
Querida Creuza
Sua crise nunca é do mal
Você domina a magia
Não brinca com capital
Sua boquinha nervosa
Chama logo algum Shazam
Inventa mundos felizes
Dá um basta no Tio Sam
Não senta em banco que quebra
Mas de vassoura requebra
E aciona instigantes poções
Nunca derrete dinheiro
Mas derrete corações!
(ST)
28 de out. de 2008
Ai, que crise!
Bolsas nervosas, mercado turbulento
Quem disse que é só nas histórias infantis
que as coisas inanimadas têm sentimento?
Nos jornais, leio notícias estranhas:
se injeção pra gripe já dói no traseiro
imagine então uma injeção de dinheiro!
Parece que certas bruxas andam soltas,
aprontando num tal de "pregão":
dizem que elas têm feito a Terra tremer
estourando bolhas de sabão...
A bruxa Creuza também tem suas crises
e o tique nervoso faz a boquinha, aflita, tremer.
Ela enlouquece e perde o controle, mas é diferente:
a gente sabe que nada de mal vai acontecer.
(Silvana Tavano)
Quem disse que é só nas histórias infantis
que as coisas inanimadas têm sentimento?
Nos jornais, leio notícias estranhas:
se injeção pra gripe já dói no traseiro
imagine então uma injeção de dinheiro!
Parece que certas bruxas andam soltas,
aprontando num tal de "pregão":
dizem que elas têm feito a Terra tremer
estourando bolhas de sabão...
A bruxa Creuza também tem suas crises
e o tique nervoso faz a boquinha, aflita, tremer.
Ela enlouquece e perde o controle, mas é diferente:
a gente sabe que nada de mal vai acontecer.
(Silvana Tavano)
26 de out. de 2008
Os livros e a crise
A notícia está na capa do caderno "Prosa & Verso" (O Globo) de ontem: o ministro interino da Cultura, Alfredo Manevy, anuncia a criação de um novo instituto para o livro e a leitura, órgão que, segundo ele, será bem diferente do antigo instituto.
Selecionei dois trechos da reportagem:
"...Se, no passado, o instituto do livro tinha, entre suas principais atribuições, contribuir para o desenvolvimento do mercado editorial no país -- inclusive comprando livros, a exemplo do que faziam institutos como o do café-- Manevy diz que, hoje, 'alavancar o mercado está em quinto plano. Temos que criar meios para a população fruir a cultura... O principal objetivo é desenvolver políticas de desenvolvimento à leitura'".
...
"...Sabemos que há uma crise internacional, ela afeta a todos e é possível que o orçamento do MinC seja atingido, mas os editores sabem que o gargalo do mercado é o número de leitores. Sem uma política robusta para o livro, nas famílias, nas escolas, nos locais de trabalho, o mercado não crescerá. Não é nem uma questão de baixar o preço, mas de criar novos hábitos".
A crise internacional é novidade e, infelizmente, acho que vai contribuir pra piorar a crise dos livros e da leitura -- essa que, a gente sabe, não tem nada de novo.
Temo que essa turbulência do mercado financeiro provoque um certo marasmo no mundo do livros. Mais do que nunca, conto com a fantasia, a imaginação e todas as histórias que vou inventar como o melhor antídoto contra esses "desanimadores externos".
E aproveito pra avisar: o lançamento de "As Namoradas do Meu Pai", que estava programado para novembro, foi adiado para 2009. Pois é.
(Silvana Tavano)
Selecionei dois trechos da reportagem:
"...Se, no passado, o instituto do livro tinha, entre suas principais atribuições, contribuir para o desenvolvimento do mercado editorial no país -- inclusive comprando livros, a exemplo do que faziam institutos como o do café-- Manevy diz que, hoje, 'alavancar o mercado está em quinto plano. Temos que criar meios para a população fruir a cultura... O principal objetivo é desenvolver políticas de desenvolvimento à leitura'".
...
"...Sabemos que há uma crise internacional, ela afeta a todos e é possível que o orçamento do MinC seja atingido, mas os editores sabem que o gargalo do mercado é o número de leitores. Sem uma política robusta para o livro, nas famílias, nas escolas, nos locais de trabalho, o mercado não crescerá. Não é nem uma questão de baixar o preço, mas de criar novos hábitos".
A crise internacional é novidade e, infelizmente, acho que vai contribuir pra piorar a crise dos livros e da leitura -- essa que, a gente sabe, não tem nada de novo.
Temo que essa turbulência do mercado financeiro provoque um certo marasmo no mundo do livros. Mais do que nunca, conto com a fantasia, a imaginação e todas as histórias que vou inventar como o melhor antídoto contra esses "desanimadores externos".
E aproveito pra avisar: o lançamento de "As Namoradas do Meu Pai", que estava programado para novembro, foi adiado para 2009. Pois é.
(Silvana Tavano)
24 de out. de 2008
De lá pra cá
Ontem comentei que a bruxa Creuza não vê a hora de decolar rumo ao espaço. Mas quem disse que os habitantes de outros planetas também não querem vir pra cá? O Homem-Lua, por exemplo, sempre teve a maior curiosidade -- um dia ele decide pegar carona numa cauda de foguete e aterrissa na linda história do premiado Tomi Ungerer. Adoro.
(ST)
23 de out. de 2008
Maternidade de estrelas
Meses atrás, comecei a escrever uma história -- dessa vez, a bruxa Creuza iria pro espaço, e mais não conto, até porque o projeto (talvez) decole só agora. Depois das primeiras idéias pra essa aventura, lancei dois livros, escrevi outros dois, e tive (quer dizer: estou tendo) um ano de muito trabalho... Não sei nem se minha editora ainda vai se interessar pelo livro depois de todo esse tempo, mas, ainda assim, resolvi tentar colocar minha querida bruxa em órbita outra vez. Só que, além do tempo pra escrever, essa história exige tempo pra pesquisar -- e hoje, passeando pelo portal do astrônomo dei de cara com essa foto deslumbrante da Nebulosa de Pelicano. Não enxergo o pelicano que alguém certamente viu pra batizar essa nebulosa, mas pode ser que a imagem revele só uma parte da nuvem... De todo modo, o que me fascina nessas meganuvens cósmicas são as cores -- não é demais o mix de rosas e lilases?--, cores que, na verdade, são reflexos da luz de estrelas recém-nascidas e que estão se formando dentro da nebulosa. A do Pelicano é uma das mais jovens que se conhece, com uma idade estimada de 300.000 anos.
As imagens, as distâncias, as galáxias, as idades, enfim, tudo o que os cientistas hoje sabem e nos contam sobre o universo é tão absolutamente encantador, perturbador e fantástico que, pelo menos pra mim, mergulhar nesse mundo é um desafio e tanto à minha capacidade de abstração e de imaginação. Fico pensando que, durante um passeio pelo universo, até mesmo a experiente bruxa Creuza vai ter momentos de êxtase, enfeitiçada pela paisagem e por toda essa realidade tão mágica. Ai, que difícil...vai ser escrever essa história!
(Silvana Tavano)
22 de out. de 2008
Sonho de pinguim
Curta de 2002, do diretor polonês Wojtek Wawszczyk (Escola de Filmes de Varsóvia).
(Silvana Tavano)
21 de out. de 2008
20 de out. de 2008
Vote na melhor legenda...
18 de out. de 2008
17 de out. de 2008
Mais monstros
16 de out. de 2008
Monstros!
Clássicos: o lobisomem, Frankenstein, mr. Hyde (o lado b do dr. Jekyll) e o monstro do lago Ness. Nem tão assustadores assim: o elfo Dobby (em Harry Potter) e o esquisitão peludo (da turma dos Muppets). Têm, ainda, os que fazem a linha "simpáticos", como a estranha personagem (e todo o elenco) do desenho Monstros & Cia. e a monstra do amor. Quem mais?
(Silvana Tavano)
(Silvana Tavano)
15 de out. de 2008
Garimpo
O meu passeio do outro dia rendeu: lá no Moda Sem Frescura descobri o Blog de Brinquedo e esse boneco de papel do Edgar Allan Poe, simpático demais, mesmo com esse olhar meio melancólico, não acham?
...
E no Desculpe a Poeira encontrei essa animação sensacional que, não por acaso, venceu o Netherlands Online Film Festival -- a holandesa Evelien Lohbeck faz mágica com seu caderno-notebook.
(ST)
14 de out. de 2008
Vale a pena ver de novo
Falando em nuvens: a May Shuravel lembrou das fotos que publiquei meses atrás, cliques incríveis feitos pelo pessoal da "Cloud Appreciation Society". Certas nuvens são tão interessantes que intrigam até mesmo o experiente bruxo Hermes (pra quem não sabe, ele é o inventor do fantástico feitiço das nuvens falantes). Se você não viu, vai lá.
(Silvana Tavano)
(Silvana Tavano)
De blog em blog
Como sempre acontece, não sei direito como fui parar no blogdecurieux, mas acabei ficando um tempão por lá, xeretando um monte de portfólios de artistas gráficos do mundo todo. Tem coisas bacanas e coisas, bom, meio estranhas, como as imagens do artista russo Dmitry Maksimov, que mistura fotografia e ilustração.
Gostei da brincadeira do paraquedas de nuvens (ou será um paraquedista preso nelas?), e também do céu transformado num mar cheio de monstros.
...
Não tenho a menor idéia do que diz o texto que acompanha esse trabalho (бывает облака говорят ни о чем а иногда облака ни о чем не говорят а еще мне так показалось что чем старше, тем больше облаков на небе: alguém sabe traduzir?), mas fiquei achando que a proposta dele era fotografar a própria imaginação. Será?
(Silvana Tavano)
13 de out. de 2008
Diários da bicicleta
12 de out. de 2008
Presentão
...
Num acordo inédito com editoras e autores, da zero hora de sábado, dia 11, à meia-noite de domingo, você vai poder baixar gratuitamente, no hotsite do Dia da Leitura no PublishNews, cinco livros para leitura e um audiolivro. São os livros "Como começa?", de Silvana Tavano (Callis, 32 pp., R$ 38. Ilustração de Elma), "A criação do mundo e outras lendas da Amazônia", de Vera do Val (WMF Martins Fontes, 48 pp., R$ 37,50. Ilustrações de Geraldo Valério), "A história rocambolesca de Madame Valesca", de Jonas Ribeiro (Callis, 32 pp., R$ 38. Ilustração de Tatiana Paiva), "Histórias de valor", de Katia Canton (WMF Martins Fontes, 32 pp., R$ 29,80), "As trevas e outros poemas" - Coleção Clássicos Saraiva, de Lord Byron (Saraiva, 112 pp., R$ 19,90, ilustração de capa de Carvall) e "Você não tem como saber", de Julia Alba (Callis, 32 pp., R$ 25,90, Ilustração de Orlando Pedroso), além do audiolivro Dom Casmurro, de Machado de Assis (Plugme), disponibilizado em MP3. Todos os livros encontram-se em destaque na Livraria Martins Fontes da Avenida Paulista, patrocinador exclusivo do Dia da Leitura no PublishNews.
Vai lá!
(Silvana Tavano)
Num acordo inédito com editoras e autores, da zero hora de sábado, dia 11, à meia-noite de domingo, você vai poder baixar gratuitamente, no hotsite do Dia da Leitura no PublishNews, cinco livros para leitura e um audiolivro. São os livros "Como começa?", de Silvana Tavano (Callis, 32 pp., R$ 38. Ilustração de Elma), "A criação do mundo e outras lendas da Amazônia", de Vera do Val (WMF Martins Fontes, 48 pp., R$ 37,50. Ilustrações de Geraldo Valério), "A história rocambolesca de Madame Valesca", de Jonas Ribeiro (Callis, 32 pp., R$ 38. Ilustração de Tatiana Paiva), "Histórias de valor", de Katia Canton (WMF Martins Fontes, 32 pp., R$ 29,80), "As trevas e outros poemas" - Coleção Clássicos Saraiva, de Lord Byron (Saraiva, 112 pp., R$ 19,90, ilustração de capa de Carvall) e "Você não tem como saber", de Julia Alba (Callis, 32 pp., R$ 25,90, Ilustração de Orlando Pedroso), além do audiolivro Dom Casmurro, de Machado de Assis (Plugme), disponibilizado em MP3. Todos os livros encontram-se em destaque na Livraria Martins Fontes da Avenida Paulista, patrocinador exclusivo do Dia da Leitura no PublishNews.
Vai lá!
(Silvana Tavano)
10 de out. de 2008
9 de out. de 2008
Fama para as fadas (2)
As fadas continuam na pauta do dia, já que eu mesma lancei a campanha "Mais Fama para Fadas" (MFF) na revista Crescer deste mês. As fadinhas-escritoras da ilustração aí ao lado vieram do blog da Betty Bib, pseudônimo da inglesa Lesley Buckingham, criadora da OPF, a "Organização pela Preservação das Fadas" (dica da querida Paulinha). E pra conferir "quem é quem" entre as fadas-celebridades, como a Sininho, basta ir no site da Disney. Mas, como a fada-madrinha 4.896.771-XK, protagonista da minha campanha, existem milhares de fadas anônimas encantadoras, como as que se vestem com algas marinhas e usam sapatinhos de conchas, as "Fadas da Areia", do livro da May Shuravel.
(Silvana Tavano)
(Silvana Tavano)
8 de out. de 2008
Encontros que mudam tudo
Os "Três Ladrões", do austríaco Tomi Ungerer, foi publicado em 1963, mas já é considerado um clássico da literatura infantil. E não é bom lembrar que tudo e todos -- até ladrões tão malvados-- podem mudar?
(ST)
7 de out. de 2008
Fama para as fadas!
Em matéria de celebridades-mágicas, tem muito mais bruxa famosa do que fada conhecida -- taí a bruxa Creuza que não me deixa mentir. Pelo fim do anonimato, a fada-madrinha 4.896.771-XK está lançando o movimento MFF -- Mais Fama para Fadas -- na revista Crescer de outubro. A ilustração do designer Daniel das Neves transformou o abaixo-assinado em página de conto de fadas, não acham?
(Silvana Tavano)
(Silvana Tavano)
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