26 de fev. de 2014

folia

A gente se reunia no pátio do prédio e combinava tudo, tipo um ensaio geral. Depois, todo mundo de mãos dadas, formávamos um cordão de foliões pra atravessar a avenida da praia de José Menino, em Santos, devidamente equipados com bisnagas coloridas, sacos de confete, muitos rolos de serpentina e um bom estoque de martelinhos de plástico. Organizados em alas, os grupos se posicionavam em pontos estratégicos ao longo da calçada, a postos pra dar banho de água e alegria em quem passasse -- e quem não entrava no espírito da festa, levava muita vaia e marteladas. Lá pelas tantas, mães e pais apareciam chamando pra jantar, dando início ao bloco dos só-mais-um-pouquinho, o samba-enredo que cantávamos juntos até cansar. Sob protestos, a turma dispersava já marcando um encontro logo cedo, na praia. Não sei dos outros, mas eu me recusava a ir pra cama e adormecia no sofá da sala, exausta, ouvindo os ruídos que seguiam chacoalhando a cidade noite adentro, com o carnaval grudado no meu corpo em forma de confete.
...
Pra animar o blog, um texto parecido com os de outros carnavais, já que continuo na folia da arrumação pós-reforma...

18 de fev. de 2014

quase lá


A reforma finalmente terminou. Até o final do mês -- espero! -- volto pra casa e para o meu velho-novo escritório, com tudo em ordem: livros na estante, passarinhos na janela, ideias na cabeça e tempo de sobra pra passear de bicicleta.

A ilustração veio daqui.