A pressa é um pernilongo agitado. Fica rodeando com aquele zunzunzum irritante, não disfarça a presença nem a intenção: só quer mesmo é sugar uns goles do nosso tempo-sangue de canudinho. Já a preocupação é um mosquito chato. O danado não pica, mas fica lá, incômodo e feio, esperando um terromoto de braço ou uma ventania de mão pra sair de perto. Mas a tristeza é uma aranha silenciosa, dessas que chegam de mansinho e vão tecendo uma teia invisível, com um emaranhado de nós que prendem na garganta e apertam o peito da gente.
(ST)
6 comentários:
Silvana,
você está ficando cada vez melhor, hein? Hoje de manhã estive com essa aranha, e era exatamente assim como você descreveu.
Mas melhorei depois um telefonema divertido, que é como um cão filhote destrambelhado que, correndo atrás de uma bolinha, atropela a teia destruindo cada um dos seus nós.
Um beijo,
Juliana.
PS: há 3 semanas meu gatinho foi morar nas nuvens, pra contar uma daquelas histórias que você vê passar. Logo logo estarei de cara boa outra vez pra gente tomar aquele café.
ô Juliana, que tristeza!
...
Mas às vezes não tem jeito, né? A gente tem que ficar encolhidinha dentro da teia. Por um tempo.
Vamos pro cafezinho assim que você colocar essa aranha pra correr.
beijo
Lindo!
Adorei teu Blog.
Vou indcá-lo no meu (como se precisasse, rs)
http://theinsightsblog.blogspot.com/
Beijos e afagos nas madeixas
Muito bom! Beijinhos, Z
Como é bom passar aqui e ver a TRADUÇÃO do que às vezes parece intraduzível...
:)
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