Ultimamente não tenho conseguido ler à noite. O sono sempre ganha por nocaute antes do terceiro parágrafo. Mas ontem li "Memórias Inventadas -- As Infâncias de Manoel de Barros" do começo ao fim. Tudo lindo, a edição, as iluminuras de Martha Barros e as palavras do poeta.
No quintal a gente gostava de brincar com palavras
mais do que de bicicleta.
Pruncipalmente porque ninguém possuía bicicleta.
A gente brincava de palavras descomparadas. Tipo assim:
O céu tem três letras
O sol tem três letras
O inseto é maior.
O que parecia um despropósito
Para nós não era despropósito.
Porque o inseto tem seis letras e o sol só tem três.
Logo o inseto é maior (Aqui entrava a lógica?)
Meu irmão que era estudado falou quê lógica quê nada
Isso é um sofisma. A gente boiou no sofisma.
Ele disse que sofisma é risco n'água. Entendemos tudo.
...
Como é bom quando as palavras despertam a gente.
(ST)
4 comentários:
Silvana
Como é bom passear por aqui!
Ô deixei um selo pro Manoel no meu blog, divulgando o blog dele.
Um beijo
Denise
oi Denise! Eu vi, e ele também! Logo mais, quando voltar da escola, ele vai te agradecer pela "divulgação".
um beijo
Sil,
Adoro Manoel de Barros. Vi esse poema num evento do Sesc Pompeia. D+
beijos
patricia
É sempre bom visitar o seu cantinho.
=)
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