Acho que lembrei desse miniconto antigo porque hoje tenho uma tarefa beeeeeem difícil pela frente. Pra quem já leu, peço desculpas pelo replay. Mas por conta do meu problema não sobrou tempo pra passear de bicicleta. De todo jeito, o texto me trouxe alguma esperança: quem sabe o meu difícil não seja do tipo médio?
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Comer só um pedaço de chocolate, esperar todos aqueles minutos pra entrar na piscina depois de almoçar, ir só uma vez na montanha-russa. Essas coisas são difíceis, mas a gente consegue fazer. É um difícil-médio.
Por outro lado, tem o difícil difícilimo: espirrar sem fechar os olhos. Impossível não é. Mas acontece que espirro é o tipo de coisa que sempre vem de repente e aí, pronto, quando o espirro sai, o olho já fechou. Com bocejo é igual: é difíiiicil não bocejar quando alguém abre a boca perto da gente.
O difícil que pega a gente desprevenido é o pior. Teste-surpresa no meio da aula, por exemplo. Se for de matemática, a palavra DIFÍCIL até pisca, com todas as letras enormes.
Também tem o difícil-quem-sabe: pedir um gibi ou um joguinho de computador um dia depois do aniversário. Dá pra tentar, mas as chances são mínimas.
Cada difícil tem o seu grau de dificuldade. Outro dia descobri que existe até o difícil-fácil. Amarrar o tênis é o fácil mais disfarçado de difícil que conheço, mas tem um monte de coisas assim: andar de bicicleta, pular corda cruzada, ler um livro de trocentas páginas... É só pegar o jeito. Daí vira uma moleza.
(Silvana Tavano)
5 comentários:
Ai, ai, esse mini-conto é perfeito para minha semana também! :-)
Bjs.
Que o seu problema se torne algo tão fácil quanto amarrar o tênis...
Muito lindo tudo aqui.
Beijos
Obrigada, Ana! Por enquanto, a minha encrenca continua boa... Ai!
Apenas para tentar aliviar um pouco, lembre-se de todos os dificeis-dificílimos que se tornaram fáceis deposi que foram superados...entrar na facul, terminar relacionamentos, ter filho, etc... boa sorte!
boa essa!
tou aprendendo...
abraços,
Gustavo
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