Ele é azul, pequenino e agitado. Sobe veloz até a superfície do grande aquário decorado com plantas e pedregulhos e, lá de cima, mergulha na diagonal em direção ao fundo, no outro canto. Às vezes, nessas descidas, fica olhando durante uns segundos pela parede de vidro, como se quisesse avançar pelo imenso oceano que circunda o aquário. Mas logo sobe de novo, e mais uma vez desce, inventando traços que se movimentam dentro de um quadro líquido. Nesse vaivém cutuca um peixe que está se fingindo de pedra, atravessa uma turma de douradinhos que boia em grupo no meio das algas e continua, sozinho, pra cima e pra baixo. É o único que se arrisca até o ponto mais alto só pra mordiscar a água com gosto de céu.
(ST)
Um comentário:
já fui, que legal ver a Creuza na rede!Está bem engraçado esse primeiro capítulo,adorei o "dividindo o caldeirão"...
Avise quando chegar o segundo, tá?
beijo
may
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