"Tina gosta muito disso que está lhe acontecendo agora, essa nova vida que leva desde que sua amiga veio morar ao lado da sua casa. A mãe de Carlota nunca está aborrecida ou nervosa, como às vezes fica sua avó Hermínia; a mãe da sua amiga tampouco tem pressa, então as três vão andando pelas ruas como se fossem uma mãe e suas duas filhas. Ela sabe, porém, que a mãe de Carlota não é a sua mãe, e então, em meio à alegria que sente por comer amendoim ou sentar-se com as duas num banco da praça, aflora também uma tristeza que não sabe bem de onde vem e que às vezes demora muito para ir embora."
Terminei "A menina, o coração e a casa" encantada com a escrita da argentina María Teresa Andruetto.
Um comentário:
Amo autores latino-americanos. São fortes em sua escrita (é fato). Até brutos, um pouco. Mas dessa brutalidade nasce uma delicadeza ímpar.
Abraços.
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