É sempre assim: o drama começa quando tiro qualquer mala do armário. Primeiro, ela fica agitada. Depois, pula pra dentro da mala e fica me encarando, como se quisesse uma explicação. E eu explico. Conto que é uma viagem rápida de trabalho ou que só vou ficar fora no final de semana ou que todo mundo tira férias de vez em quando. Não adianta porque, de todo jeito, ela some logo em seguida, se recolhe pra um dos seus esconderijos. Dá pra entender, também não gosto de despedidas. Quando volto, ela sempre dá uma esnobada de uma ou duas horas, mas depois tudo entra nos eixos. Quer dizer, entrava. Faz três dias que cheguei de uma semaninha na praia e as coisas não vão nada bem. Acho que dessa vez ela ficou muito chateada. Está me castigando pra valer. Tentei de tudo, mas não tem conversa, nem um miado. Até ontem eu estava achando que era cena, mas fiquei preocupada de verdade depois que ela simplesmente ignorou o prato cheio de petisco crocante sabor salmão, iguaria reservada para as ocasiões especiais. Em dez anos, isso nunca aconteceu. E hoje, isso.
Ela entrou na caixinha, virou a cara pra parede e ficou desse jeito. Horas. Não sei mais o que fazer pra quebrar o clima. Alguém tem uma sugestão?
(ST)
9 comentários:
Abrace ela, role no chão com ela, mime ela, fale a linguagem dos gatos: eles são temperamentais, tem que correr atrás deles. Eu amo esta personalidade difícil!
Não é bom os gatos ficarem muito tempo sem comer, pois podem desenvolver hepatite. Insista em fazê-la comer, mas se ela se recusar e você reparar que ela está molinha, paradinha num mesmo lugar, sem querer nem brincar, é bom levar imediatamente para a veterinária!
Quando eu tive a minha gata, viajei por 18 dias e quando voltei foi a mesma coisa.
Lembro de ter durmido com ar condicionado baixo e coloquei ela na cama (subornando a permanência com carinho no peito, que ela adorava), fazendo ela adormecer ali comigo.
Além disso ficava seduzindo ela a brincar, tinha um brinquedo que foi o melhor que eu já vi pra gatos! Um fio de naylon (ou seja, invisível) com uma imitação de uma lagarta grande, verde fosforescente, peluda na ponta, e quando eu agitava o fio parecia que tava viva! Ela não resistia. Só depois de muita brincadeira é que ela relaxou.
Poxa sinto muito pela situação, vc deve estar agoniada. Se continuar ruim tenta achar um especialista em comportamento felino.
Beijos e melhoras na relação humano-felino!
Hum, gatos são tão temperamentais. Risoleta também tem andado de focinho virado comigo; justo ela!
Vá se aproximando aos poucos, uma hora ela desiste de fazer charme e volta.
Mas se ela não quiser comer nada, aí é um pouco preocupante.
Beijocas, querida Silvana, bom ano e que Miúda se recupere logo do estresse de início de ano,
Obrigada a todas pelas ótimas ideias! Vou tentar uma sessão de cafunés caprichados, vamos ver.
E sobre a comida, acho que não me expliquei direito: a danada está comendo a ração normalmente. Mas fez questão de recusar o prato especial, só porque fui eu quem ofereci. É birra mesmo. Ô temperamento!
Não tem outro jeito:humilhe-se, o mais que puder.Tipo Elis, "atrás da porta".E oferendas, todas,que ela sabe que merece, e que terá o máximo prazer em recusar, se conseguir.Meu senhor, o gatão, resiste a tudo, menos a uma lula crua picadinha.Será que a miúda tem algum ponto fraco?
beijos pras duas
may
Ah, essa gatas. vcs ainda vão se entender. Com não posso ter mais gatos por causa dos cahorros, tenho que lidar com eles. O Popeye, boxer, ficou também meio emburrado, todas esse semanas que o Bowie - retriever de olhos azuis e castanhos , da ex - esteve aqui enquanto ela (ex) viajava. Hoje enteguei o Bowie de volta. O Popeye já está mais animado. Quer ser sempre o segundo do alfa dog. Bjo, Silvana,
Romeu-Sérgio
voluntariosa. Todos felinos são. Mas como resistir a estes pelos e estas barriguinhas. Ela vai se dobrar aos seus encantos, ah vai.
Oi, Sil.
Já voltaram às boas ou ela ainda te ignora?
beijos Patricia
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