No primeiro dia pós-férias fiz tudo o que devia: limpei a caixa postal, respondi e-mails, fiz supermercado, passei no banco, na lavanderia, reguei as plantas e o dia finalmente está acabando. Tudo em ordem pra retomar o trabalho amanhã, descansada e bem disposta. Só tem um probleminha: a cabeça insiste em continuar de férias, flutuando leve e solta, até demais, com zero ideias. Lembro de Lobo Antunes dizendo que nunca se deve deixar uma frase com ponto final para o dia seguinte: "Melhor interromper no meio (...) Começar um novo capítulo é muito lento". Infelizmente não ouvi esse conselho antes e agora não sei como seguir com a história. E então lembro mais uma vez de Amos Oz, também em Paraty, contando que ele se prepara pra escrever todos os dias na mesma hora. O que vem depois disso não é muito diferente do que acontece quando um comerciante abre sua loja -- tem dias em que o movimento é incrível, gente entrando e saindo o tempo todo. Mas também tem aqueles períodos em que a loja, mesmo aberta, fica deserta, não aparece nenhum comprador, ninguém entra nem pra pedir uma informaçãozinha.
Então é isso: amanhã abro a lojinha e fico torcendo pros personagens aparecerem com muitas novidades.
(Silvana Tavano)
2 comentários:
Han! Perfeito! Adorei essa história de lojinha.
Nunca havia pensado nisso antes.
Beijocas e até dia 11!
Também amei!
Seja bem vinda de volta à vida!
Queria aproveitar pra convida-la a visitar minha palavroteca. Tem um textinho novo lá que eu acho que você vai gostar...www.palavroteca.blogspot.com
Beijos, com carinho,
Júlia
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