26 de out. de 2008

Os livros e a crise

A notícia está na capa do caderno "Prosa & Verso" (O Globo) de ontem: o ministro interino da Cultura, Alfredo Manevy, anuncia a criação de um novo instituto para o livro e a leitura, órgão que, segundo ele, será bem diferente do antigo instituto.
Selecionei dois trechos da reportagem:

"...Se, no passado, o instituto do livro tinha, entre suas principais atribuições, contribuir para o desenvolvimento do mercado editorial no país -- inclusive comprando livros, a exemplo do que faziam institutos como o do café-- Manevy diz que, hoje, 'alavancar o mercado está em quinto plano. Temos que criar meios para a população fruir a cultura... O principal objetivo é desenvolver políticas de desenvolvimento à leitura'".
...
"...Sabemos que há uma crise internacional, ela afeta a todos e é possível que o orçamento do MinC seja atingido, mas os editores sabem que o gargalo do mercado é o número de leitores. Sem uma política robusta para o livro, nas famílias, nas escolas, nos locais de trabalho, o mercado não crescerá. Não é nem uma questão de baixar o preço, mas de criar novos hábitos".

A crise internacional é novidade e, infelizmente, acho que vai contribuir pra piorar a crise dos livros e da leitura -- essa que, a gente sabe, não tem nada de novo.

Temo que essa turbulência do mercado financeiro provoque um certo marasmo no mundo do livros. Mais do que nunca, conto com a fantasia, a imaginação e todas as histórias que vou inventar como o melhor antídoto contra esses "desanimadores externos".

E aproveito pra avisar: o lançamento de "As Namoradas do Meu Pai", que estava programado para novembro, foi adiado para 2009. Pois é.

(Silvana Tavano)

Um comentário:

Anônimo disse...

ai ai...

bj, Carla