23 de out. de 2008

Maternidade de estrelas


Meses atrás, comecei a escrever uma história -- dessa vez, a bruxa Creuza iria pro espaço, e mais não conto, até porque o projeto (talvez) decole só agora. Depois das primeiras idéias pra essa aventura, lancei dois livros, escrevi outros dois, e tive (quer dizer: estou tendo) um ano de muito trabalho... Não sei nem se minha editora ainda vai se interessar pelo livro depois de todo esse tempo, mas, ainda assim, resolvi tentar colocar minha querida bruxa em órbita outra vez. Só que, além do tempo pra escrever, essa história exige tempo pra pesquisar -- e hoje, passeando pelo portal do astrônomo dei de cara com essa foto deslumbrante da Nebulosa de Pelicano. Não enxergo o pelicano que alguém certamente viu pra batizar essa nebulosa, mas pode ser que a imagem revele só uma parte da nuvem... De todo modo, o que me fascina nessas meganuvens cósmicas são as cores -- não é demais o mix de rosas e lilases?--, cores que, na verdade, são reflexos da luz de estrelas recém-nascidas e que estão se formando dentro da nebulosa. A do Pelicano é uma das mais jovens que se conhece, com uma idade estimada de 300.000 anos.
As imagens, as distâncias, as galáxias, as idades, enfim, tudo o que os cientistas hoje sabem e nos contam sobre o universo é tão absolutamente encantador, perturbador e fantástico que, pelo menos pra mim, mergulhar nesse mundo é um desafio e tanto à minha capacidade de abstração e de imaginação. Fico pensando que, durante um passeio pelo universo, até mesmo a experiente bruxa Creuza vai ter momentos de êxtase, enfeitiçada pela paisagem e por toda essa realidade tão mágica. Ai, que difícil...vai ser escrever essa história!

(Silvana Tavano)

2 comentários:

Anônimo disse...

É. Difícil tanto quanto o mistério do espaço ou do fundo do mar. Mas uma hora damos nomes aos mistérios...

Estamos aguardando sua história que já imagino nos levará para o possível mix de rosas e lilases.

um beijo, Carla

silvana tavano disse...

...acho que vou precisar mesmo da ajuda dos deuses cósmicos! AIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII!

beijo, Carla!