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Se meu pai seguisse o roteiro de sempre, agora seria a minha vez de entrar na roda. Fiquei esperando. Às vezes, vinha um elogio. Mas ele também podia resolver contar uma bobagem qualquer, lembrar de alguma situação engraçadinha em que fiz isso ou aquilo...
Diferente de sempre, não aconteceu nada. Assim que minha vó levantou, ele voltou a abrir a pasta e começou a falar sobre uma campanha com a Lili. Na falta de coisa melhor pra fazer enchi a boca com outro pedaço de queijo e, enquanto mastigava, aproveitei pra dar uma geral na nova candidata. Discretamente.
E foi então que vi: os pés.
Uma sandália salto mil, uma correntinha dourada em volta da canela e dez unhas vermelhas.
Socorro!
Como meu pai conseguia conversar com alguém que andava sobre aqueles pés?
Trecho de "As Namoradas do Meu Pai", que sai em breve, pela Girafinha.
(Silvana Tavano)
4 comentários:
oi Sil!
Fiquei com vontade de ler mais!
bjos!!!
Cris
Silvana, só você pra conseguir fazer um pé falar!Que bom que em breve poderemos ler a história toda, e conhecer a figura sobre o pezinho mimoso...
beijo
May
... e como é bom ter amigas!
Hum... O que será que vai acontecer?
Essa história deve ser boa pra gente voltar no tempo...
Beijos e muito sucesso!!!!
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