28 de mar. de 2012

Novidades à bolonhesa

Durante uma das palestras da Feira de Bolonha, o assunto foi a grande quantidade de lançamentos que, curiosamente, tratam do mesmo tema: o próprio livro. Numa espécie de celebração, apareceram muitos títulos homenageando o livro de papel, quase como um marco desse momento de transição para a proclamada era digital. Pra mim, a mais perfeita tradução dessa história é o poético "Se eu Fosse um Livro", dos portugueses José Jorge e André Letria, pai-escritor e filho-ilustrador, eles mesmos representando duas gerações e a ponte entre o passado e o futuro.

Em cada dupla, uma declaração de amor: "Se eu fosse um livro, não me importava de ir para uma ilha deserta com um leitor apaixonado."


Celebrado também foi o escritor holandês Guus Kuijer, que já havia conquistado o Hans Christian Andersen de 2010 e neste ano ficou com o Astrid Lindgren, o maior e mais importante prêmio para a literatura jovem e infantil. Nunca li nada dele e fiquei curiosa, mas só encontrei um título disponível por lá, na Libreria Per Ragazzi. A moça que me atendeu até comentou que sua vitória havia surpreendido todo mundo, já que a maior parte de seus títulos está fora de catálogo, pelo menos na Itália. Acabei comprando "Graffi Sul Tavolo", mas assim que cheguei de viagem descobri que "O Livro de Todas as Coisas", um dos mais-mais desse autor, já foi publicado aqui, pela Martins Fontes. Acho que vou começar por esse.



Como os livros não estavam à venda no estande da feira, só deu pra ficar namorando os títulos da argentina María Teresa Andruetto, a autora premiada com o Hans Christian Andersen de 2012. Dessa vez, economizei meus eurinhos e me dei bem: a Global já lança em abril "A Menina, o Coração e a Casa", com tradução de Marina Colasanti -- pra minha sorte, esse é justamente o que eu teria escolhido para colocar na mala.

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