4 de dez. de 2013

Calma

Às vezes, ela entra pelos olhos, aproveitando o momento em que eles param pra acompanhar um desfile de nuvens no céu ou então grudam num livro, esquecidos de outras paisagens, encantados pelas palavras. Também acontece de ela entrar pelo nariz e se esparramar, espaçosa, preenchendo todos os cantos com ar de férias -- um ar sem pressa, mais cheio de ar. Quando ela chega, o giro dos pensamentos entra em câmera lenta, o peito alarga e o coração espreguiça, batendo no compasso de uma felicidade quieta, que se anuncia sem disparos.
Calma é assim: uma música silenciosa que muda o ritmo de tudo dentro da gente.

2 comentários:

Deborah de Paula Souza disse...

acalmei.... que lindo. um beijo, Silvana, obrigada pela pausa.

joaozinhomenininho disse...

Entrei no Blog por causa do nome, mas não achei nada sobre bicicletas!

Cicloabraços
www.joaozinhomenininho.blogspot.com