18 de set. de 2017

calma

às vezes ela passa pelos olhos, aproveitando o momento em que eles param para acompanhar um desfile de nuvens no céu, ou quando grudam num livro, esquecidos de outras paisagens, encantados pelas palavras. mas é pelo nariz que ela entra e se espalha, espaçosa, preenchendo todos os cantos com um ar mais cheio de ar. os pensamentos então giram em câmera lenta, o peito alarga e o coração espreguiça, batendo no compasso de uma felicidade quieta, que se anuncia sem disparos.
calma é assim: uma música silenciosa que muda o ritmo de tudo dentro da gente.

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