1 de jun. de 2015

numa manhã escura

como hoje, eu era pequena e tinha medo que a noite nunca terminasse. Então me escondia debaixo da coberta, encolhida no meu quarto de filha única, quietinha, até ouvir o barulho dos pratos e talheres acordando na cozinha, e sentir o cheiro bom da loção pós-barba passando pelo corredor; mãe e pai: minhas certezas a cada amanhecer.

Nenhum comentário: