30 de abr. de 2013
Dicionário imaginário
Nuvem (s.f.) 1. tipo de travesseiro levíssimo, forrado com plumas de anjos, em vários tamanhos e formatos, ideal para ser usado durante o dia, proporcionando breves porém profundos momentos de repouso e relaxamento; 2. medicamento administrado por via visual, com uso liberado em altas doses e sem limitação de tempo, de efeito calmante notável no dia a dia, sem contraindicações, proporcionando alívio imediato em situações de crise através da associação de dois princípios ativos extraídos da natureza: passa-tudum (ação tranquilizante advinda da percepção de que tudo é passageiro); e cabrum-pluft (ação antiestresse, reavivando a lembrança de que todas as tempestades desmancham).
28 de abr. de 2013
26 de abr. de 2013
Ein Vergnügen*
Selecionado pela Fundação Biblioteca Nacional dentro do programa de Apoio à Tradução de Autores Brasileiros, o "Como Começa" vai circular na próxima feira de Frankfurt com tradução assinada por Dagmar Witt.
(*) em português: "que delícia!", com tradução também assinada pela minha querida Claudia Abeling!
(*) em português: "que delícia!", com tradução também assinada pela minha querida Claudia Abeling!
17 de abr. de 2013
Esse seu olhar...
Sobre o post de ontem: taí a prova de que Laura Tronconi acertou na mosca. Ou melhor, no pernilongo. Só mesmo alguém com menos de dez anos ou com a tal da "mente bambina" pra não resistir a esse simpático personagem que a ilustradora Suppa transformou em brinquedo. Fisguei meu pernilongo na Casa de Livros, mas ele e toda a Turma do Nariz estão à venda na lojinha virtual dela. Vai lá!
16 de abr. de 2013
Grazie!
O "Como Começa" ganhou uma resenha caprichadíssima no blog Come Marcovaldo (nome que homenageia o personagem de Italo Calvino), da tradutora e jornalista italiana Laura Tronconi. Fiquei toda pimpona com os elogios ao livro, mas um deles me deixou especialmente feliz: "Fantastico, solo una 'mente bambina' potrebbe partorire questa riflessione". Tem melhor?
15 de abr. de 2013
Antonio
Depois de chamar três vezes, a Ciça entrou no quarto e encontrou o pequeno no maior silêncio, olho grudado no livro, com essa mãozinha que encaixou sem querer na ilustração da capa pra dar a melhor resposta: "Psssssssssssssiu, mãe! Agora não dá pra falar porque eu tô lendo!" Delícia.
14 de abr. de 2013
Endominguei
Depois de uma semana cheia de pra-lás-e-pra-cás, passei o dia feito o bicho-preguiça da Carla Caruso: na maior tranquilidade, fazendo nada, e beeeeem devagar.
11 de abr. de 2013
9 de abr. de 2013
Quase dois meses depois...
Miúda Felina e o já não tão pequeno Joaquim convivem quase em harmonia: é verdade que, de vez em quando, os dois ainda se estranham e o mau gênio da gata explode em mordidas e patadas impiedosas. Bom é que o viragato não se intimida nem guarda rancor, e isso deve estar mexendo com o instinto maternal da velha felina ou ela não se daria ao trabalho de cuidar do banho dele, quando passa um tempão literalmente lambendo a cria.
8 de abr. de 2013
4 de abr. de 2013
O lugar das coisas
Tudo no lugar certo na hora da foto: eu, as professoras e os pequenos do Colégio Pentágono.
E tudo no lugar certo na hora da farra: os pequenos e eu, lá atrás, praticamente rolando no chão. Delícia!
E tudo no lugar certo na hora da farra: os pequenos e eu, lá atrás, praticamente rolando no chão. Delícia!
1 de abr. de 2013
1º de abril
Sinto saudade da minha mãe todos os dias. Hoje não é mais aquela saudade dolorida, porque o tempo tem esse poder meio mágico de decantar as coisas: é como se a dor fosse calando até ficar quietinha, acomodada no fundo do coração. É só não remexer muito e ela apenas vai ficando por lá, sem se misturar com outras lembranças. Bom é que recordar já não dói e cenas gostosas se tornam cada vez mais cristalinas. É como se a falta virasse presença e, de alguma forma, ela sempre estivesse por perto.
Mas a saudade também vive no tempo do calendário, e não esquece de fazer visita especial nos aniversários, nas datas disso e daquilo, e no dia 1º de abril. Minha mãe começava a pensar na peça que ia pregar na gente uma semana antes e logo cedinho ligava pra contar a "novidade". Era sempre uma bobagem, um boato, uma mentirinha qualquer, mas toda vez eu caía na conversa e depois ficava me sentindo a mais boboca das bobocas quando ela vinha com a história do "1º de abril". E tinha um trote diferente pra minha irmã, outros para os netos; nesse dia, ela parecia mais criança do que todos eles juntos.
...
Lembrei deste texto, publicado aqui em 2010, porque, hoje cedo, a minha saudade acordou com a locutora da rádio CBN "brincando" com o dia da mentira. Por um instante, quase ouvi a voz da minha mãe mandando notícias pelo rádio.
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