Era uma vez uma árvore triste que teimava em continuar vivendo, apesar do abandono e da solidão. Cercado de lixo e desinteresse, o que, um dia, tinha sido um frondoso chapéu-de-sol, havia se transformado numa espécie de "pé-de-concreto", plantado numa esquina cinza.
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Esse tronco tão machucado, uma árvore pálida de alma ressecada, parecia já ter uma história com um final previsível e nada feliz. Mas um novo personagem, fundamental, entra em cena e muda toda a situação: a parede suja desaparece debaixo de grafites inspiradores (pinturas que, pouco a pouco, pulam pra outros muros das ruas vizinhas..), o chão árido se cobre de seixos brancos, e a árvore, que parecia condenada, renasce vigorosa e, adivinhe, cheia de perguntas!
O personagem-heroi dessa história é o artista plástico Jaime Prades -- foi dele a iniciativa de transformar a antiga esquina acabrunhada numa praça alegre e amigável que, agora, abriga uma linda árvore-perguntadeira. Você se importa com a natureza? Por que jogamos lixo na rua? Qual é o futuro que estamos construindo? Essas são algumas das indagações que nasceram e estão penduradas lá na árvore, que agora anda verdinha e exibida, na confluência das ruas Apinagés com Herculano e Soledade, a dois passos da avenida Heitor Penteado, em São Paulo.
(ST)
3 comentários:
Bela iniciativa! Se todos fizéssem o mesmo, São Paulo não seria tão cinza e poluída. Argh!
Beijocas!
emocionante, Silvana. O post e a esquina que o Jaime recuperou. Sou suspeita porque tenho visitado a árvore das perguntas e levei minha mãe para conhecê-la. Acho que se a gente ficar perto dela, vão começar a nascer respostas.
Lindo ver a árvore antes e depois. Ressureição em pleno Sumarezinho paulistano...
Beijos,
Déborah
Sil, que lindo este post.
Vc ilustrou com tamanha delicadesa, lindas palavras e imagens, uma esquina tão particular e atraente...
Ganhei o dia...
Preciso conhecer este lugar!
Obrigada.
:)
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